A frase de Descartes "Os corpos não são conhecidos a partir do fato de que eles são vistos ou tocados, mas sim apenas porque são entendidos" explicita o paradigma racionalista. O racionalismo advoga que a razão sobrepõe-se aos sentidos na construção do entendimento sobre a realidade. "Ver" e "tocar" são aptidões dos sentidos e, segundo os racionalistas, não são capazes de construir um conhecimento exato sobre o mundo exterior. Contrários a essa temática de Descartes e de outros pensadores racionalistas, os empiritas defendem que os sentidos - e não a razão - são as ferramentas do homem para assimilar o conhecimento sobre o mundo exterior. A mente é uma tábula rasa, que vai sendo pintada na medida em que o homem apreende a realidade externa com o uso que faz dos sentidos. Qualquer desses dois grandes paradigmas filosóficos implica o enfrentamento de várias questões metafísicas tais como "O que é o conhecimento?", "O que se conhece de fato?&qu
A divisão das disciplinas filosóficas é feita tomando-se por base o tipo de assunto a que se dedicam: são elas a metafísica, a filosofia crítica, a epistemologia, a filosofia política e a estética. Sobre a metafísica, especificamente, consiste esta na área da filosofia que se preocupa com as questões envolvendo a natureza da realidade, do ser e da existência. Aristóteles chamava a metafísica de “filosofia primeira”, justamente por ela se ocupar das causas mais elementares da origem de tudo. Equiparava-a, também, a um tipo de ciência de Deus, que perscruta o ser, a existência, o divino, a alma, o espírito. Há quem advogue a exclusão da metafísica do rol das disciplinas filosóficas, por acreditar que ela não pode ser considerada um estudo crítico dos conceitos científicos e da vida prática. Nesse contexto, é certo que, mesmo na metafísica, deve-se partir das premissas do senso comum e das demais ciências. Por outro lado, também é verdade que premissas metafísicas podem ser encontradas