Toda a temática da Antropologia Filosófica gira em torno da tentativa de definir o ser humano.
O homem nasce com uma determinada carga genética que determina, pelo menos a priori, algumas características comportamentais decorrentes de sua natural fisiologia.
O homem nasce com uma determinada carga genética que determina, pelo menos a priori, algumas características comportamentais decorrentes de sua natural fisiologia.
Mas esse é apenas o primeiro aspecto - biológico - da existência humana.
O homem é, na verdade, o resultado da sua genética, mas também da sociedade em que vive, das suas manifestações culturais, do contexto histórico em que está inserido, da sua maneira de encarar o mundo, da sua concepção moral e ética, da sua noção de estética, dos seus atributos psicológicos.
É, portanto, papel da filosofia considerar todas essas variáveis para definir o homem e dimensionar sua existência.
Assim como dizia Aristóteles, o homem é um ser gregário e sua existência se manifesta em relação a outros seres humanos. Isso quer dizer que as potencialidades do ser humano se mostram em maior extensão na medida em que ele se relaciona com o grupo social.
Na medida em que o homem existe, vive, se relaciona, se insere, é que ele vai sendo condicionado pelas estruturas sociais, religiosas, morais, estéticas, éticas, políticas e filosóficas da sua realidade material. O homem passa a ser condicionado por essas estruturas, vivendo de acordo com regras e padrões preconcebidos e desenvolvidos por ele mesmo e pela sociedade ao longo do tempo.
Os condicionamentos do ser humano variam e desencadeiam o seu modo de viver. De outra parte, o inverso também é verdadeiro: o modo de viver do homem vai desencadeando novos condicionamentos e assim sucessivamente, até que, ao longo da sua dimensão histórica, onde o fator tempo se manifesta como modo do homem organizar sua existência, os condicionamentos vão moldando sua trajetória e modificando seu modo de viver, ser e pensar. A sociedade, nessa linha, também vai se modificando, já que o homem é elemento da sociedade.
A Antropologia Filosófica, portanto, estuda a existência do homem em todas as suas manifestações, particularidades, contextos, considerados todos os seus atributos e características adquiridas e assimiladas ao longo do tempo e da história.
Comentários
Postar um comentário